Tudo no mundo é regido por leis. Tudo.
Existem leis para todos os ramos de ciências, para todas as religiões, para todas as culturas, para todas as filosofias de vida. E se alguém achar que mendigos, viciados, hippies, andarilhos ou alternativos não tem lei, enganam-se. Sua forma de vida se torna lei para eles.
As leis são estabelecidas a partir de uma cultura ou uma convenção social, de forma que em alguns lugares o que é terminantemente proibido em minha cultura, é aceito sem susto em outra. Mas, existem leis absolutas.
Apesar da massificação da teoria da evolução, é mais do que entendido que, se um felino cruzasse com um canino, nunca nasceria um fenino.
Apesar das falácias heterofóbicas do movimento LGBT, só existem dois gêneros sexuais: Masculino e feminino. É lei. Imutável.
Apesar de toda a evolução científica e tecnológica, a gravidade nunca pode ser anulada. Ela é dominada temporariamente. Um parapente pode flutuar por muito tempo, mas sempre desce. Um avião pode fazer viagens muito longas, mas se um de seus motores falhar, ele descerá imediatamente.
As leis não são estabelecidas por capricho. Elas refletem uma cultura ou uma direção tomada por uma sociedade.
E para que ela serve? Para estabelecer limites. Elas fazem uma divisão entre direitos e obrigações. E, quase sempre, suas proibições levam em conta um fator que tem sido negligenciado, esquecido ou simplesmente ignorado. Mas, algumas vezes, também tem sido desafiado. É a consequência.
Consequência é o resultado de determinado ato, o produto, o fim. É a causa do efeito.
Um bebê, desde muito cedo (talvez ainda no ventre de sua mãe) descobre que certos atos seus desencadeiam respostas diversas de outros. Se ele chora, alguém aparece, ou lhe pega e põe no colo, ou lhe dão comida. Aprende também a ler expressões e decifrar as possíveis consequências. Bateu no rosto da mãe a primeira vez porque não gostou do que ela lhe fez, se ela sorrir, ele saberá que aquele ato poderá ser repetido quando ele bem quiser. Se ela franzir a testa e lhe apontar o dedo com uma cara feia ou até lhe der um tapa, ele saberá que nunca mais poderá fazer aquilo. É errado. E ele está aprendendo regras. Ele está conhecendo LEIS de convivência.
Nosso mundo sempre teve leis bem estabelecidas e que sempre funcionaram do mesmo modo. Mas, o que acontece quando tiramos uma lei? Quando deixamos de obedecer? E, o principal, por que nossa sociedade tem tendenciado tanto a esta anarquia?
Meteorologistas, ambientalistas, cientistas de vários ramos, ONG’s, organizações civis, e pessoas de muita influencia política e social há décadas tem falado das consequências catastróficas que a exploração desordenada nos recursos naturais produziriam em um futuro muito próximo. Ninguém ligava. Pergunte agora aos moradores de São Paulo se eles concordam com aquelas teorias? Pergunte aos moradores de Washington, da Flórida, de New Orleans, se eles concordam agora com todas aquelas teorias absurdas e sem sentido do aquecimento global, do derretimento das calotas glaciais?
As leis não caíram. Os homens é que tendem sempre a ignorá-las.
Filósofos, sociólogos, humanistas, revolucionários e tantos outros, vem há séculos minando toda forma de lei estabelecida por conta de seus próprios desejos de uma vida desregrada, desobediente, e, principalmente, inconsequente.
Quando eu era criança, polícia era herói e ladrão era linchado na rua. Quem fumava maconha era vagabundo, quem roubava tinha vergonha e medo de sair na rua. Prostitutas faziam seus programas em casas específicas, e as músicas eram poemas cantados.
Mas, aí, veio a tal “abertura”. E não só os direitos foram ampliados, os deveres sociais quase desapareceram. Os “intelectuais” que fumavam maconha e arrotavam sabedoria de botequim formaram uma tropa de choque para demolir tudo o que se pudesse conhecer como lei. Eles queriam liberdade pra fumar maconha na rua, dizer palavrões nos filmes, transar com homens ou mulheres, ou os dois, e chamar de arte cinematográfica, e serem reconhecidos como pioneiros.
Conseguiram. Agora crianças são objetos sexuais disputados em leilões; todos são obrigados a ver o que as mulheres, homens e travestis tem a oferecer, porque eles colocam seus produtos expostos nas ruas pra quem quiser e quem não quiser; a maconha é consumida como droga de iniciação, abrindo caminho para a cocaína, o crack, o LSD, e a heroína; o sexo se tornou tão banal, que se pode comprar por dez reais, de crianças miseráveis nos sertões do país.
Pensa que isso abala os senhores da intelectualidade? Pensa que isso mexe com o coração dos filhos do iluminismo tupiniquim?
Nossa sociedade é absolutamente INCONSEQUENTE!
Mas, a base para todas essas loucuras, e todos os frutos que estamos colhendo é clara: Deus está fora.
A negação explícita ou velada da existência e autoridade de Deus, deu início a todo tipo de anarquia. Como disse Dostoiévsk, em seu livro Irmãos Karamazov, “se Deus não existe, tudo é permitido”. Vamos matar, vamos estuprar, vamos fazer orgias, vamos roubar pobres, vamos tripudiar dos imbecis inocentes, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. Minta e alcance seus objetivos, roube e seja dono de tudo que quiser, engane e seja o primeiro, mate e mantenha seu poder, faça o que quiser pois ninguém vai lhe tomar satisfação. Não há lei! Não há regra! Não há punição! Não há Deus e ninguém pode te ameaçar!
Assim pensam. Assim agem.
Inconsequência é uma palavra legal, porque a gente pode brincar com ela, dividi-la e lhe dar outros sentidos.
Em inglês o prefixo “in” significa dentro, em, em o, no, na. Fazendo um paralelo, poderíamos escrever IN CONSEQUÊNCIA e dizer duas coisas em uma única frase:
A inconsequência dos homens gerou uma catástrofe humana de perdição e loucura como nunca se viu, in consequência de sua absoluta negação e fuga da autoridade de Deus.
O que estamos vendo é o esforço herculano de uma sociedade que teima em negar a existência e interferência de Deus em seus negócios, e que, por isso, colhe frutos amargos numa sucessão de fracassos que a leva a uma desintegração rápida e sem volta.
“Mas o SENHOR está no seu santo templo, cale-se diante dele toda a terra”. Hc 2.20