sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Parece loucura, mas ele está certo

Você já parou para pensar o que diriam os apóstolos, os heróis da fé citados na galeria contida em Hebreus 11 se tivessem a oportunidade de visitar uma de nossas igrejas? Será que a mensagem pela qual eles morreram, é a mesma que pregamos em nossas congregações, eventos, mega-evantos, hiper congressos? Este vídeo é mais interessante por seus questionamentos que pelas respostas oferecidas. Por indicação de meu amigo e blogueiro PC (visitem seu blog Cristo em Mente), assisti e resolvi compartilhar com meus amigos e irmãos. Assista com atenção e tire suas conclusões.

Um abraço.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Estudo da mortalidade maternal no Chile mina afirmações pró-aborto

 Dra. Susan Yoshihara e Dr. Piero A. Tozzi

NOVA IORQUE, NY, EUA, 12 de fevereiro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Descobertas preliminares de um proeminente pesquisador biomédico que examinou a dramática redução na mortalidade materna, durante os cinqüenta anos passados na nação latino-americana do Chile, parecem minar as afirmações de grupos pró-aborto internacionais de pressão política de que leis liberais de aborto são necessárias para reduzir os índices de mortalidade materna.
De acordo com o Dr. Elard Koch, epidemiologista da faculdade de medicina da Universidade do Chile, a promoção no Chile de medidas de “gravidez segura” tais como “detecção pré-natal” e acessibilidade a atendentes profissionais de parto num ambiente hospitalar são os principais responsáveis pela redução da mortalidade materna. O índice de mortalidade materna diminuiu de 275 mortes maternas por 100.000 nascimentos vivos em 1960 para 18,7 mortes em 2000, a maior redução da América Latina inteira.
Pelo fato de que o Chile é um país que protege a vida em gestação em seu código penal e em sua Constituição, não dá pois para se atribuir a redução ao aborto legal. Aliás, o estudo preliminar mostra, a mortalidade materna no Chile diminuiu durante o século passado, independente de se o aborto era legal ou ilegal. O Chile endureceu suas restrições ao aborto no fim da década de 1980.
De acordo com o Dr. Koch, “Da década de 1960 em diante, houve um avanço no sistema de saúde pública e na assistência básica de saúde” no Chile, com recursos dedicados ao desenvolvimento de “funcionários altamente treinados, a construção de muitos centros de assistência básica de saúde e o aumento da escolarização da população”. A educação pareceu ser o principal fator na melhorada saúde materna do país. O Chile tem hoje um registro de saúde materna comparável aos dos países desenvolvidos.
Estatísticas divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) apóiam tais conclusões. Na América do Sul, de acordo com a OMS, o Chile se gaba do índice mais baixo de mortalidade materna, ao passo que a Guiana, que liberalizou de forma significativa suas leis de aborto em meados da década de 1990 citando preocupação com as mortes maternas, tem o índice mais elevado.
Na verdade, talvez a análise mais abrangente do declínio dos índices de morte materna no mundo desenvolvido, um artigo (devidamente avaliado por outros especialistas da área) escrito por Irvine Loudon na Revista Americana de Nutrição Clínica em 2000 confirma que a “redução repentina e dramática nos índices de mortalidade materna, a qual ocorreu após 1937, aconteceu em todos os países desenvolvidos e eliminou as amplas diferenças de nível de país para país em índices de mortalidade nacional. Os principais fatores que levaram a essa redução parecem ter sido sucessivas melhorias na assistência materna”.
Como com o Chile hoje, esses avanços no mundo desenvolvido ocorreram numa época antes da liberalização do acesso ao aborto. Portanto, parece que melhorar o acesso à assistência materna de qualidade, em vez de permissivas leis de aborto, é o que leva a reduções na morte materna durante a gravidez e o parto.
Especialistas de morte maternal tais como a conhecida obstetra Dra. Donna Harrison, apontam que introduzir o aborto no contexto de um país desenvolvido sem antes melhorar a assistência básica de saúde materna aumenta o risco de morte materna, pois o sistema de saúde não pode adequadamente responder a complicações de procedimentos cirúrgicos invasivos tais como o aborto. Aliás, países como a África do Sul, que tem uma das leis de aborto mais liberais do continente, tem visto um aumento em mortes maternas atribuíveis em parte a complicações de abortos ilegais.
O Dr. Koch apresentou suas descobertas iniciais na reunião de inauguração do Grupo de Trabalho Internacional de Pesquisa Global da Saúde das Mulheres no mês passado em Washington, DC.
Este artigo foi usado com a permissão de: www.c-fam.org
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/feb/10021207.html

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ser Cristão

Não consigo dormir. Acabo de sair de um internamento de dois dias e esperava ansioso por uma boa noite de sono sem as enfermeiras me acordando para a medicação, ou com o levantar e deitar do colega de quarto. Mas, por incrível que pareça, agora que estou ao lado de minha esposa, no conforto de minha cama... Não consigo dormir.

Minha insônia se deve à enxurrada de pensamentos, idéias, ponderações e conclusões que me vem à mente. Sou assaltado por questões que a todo instante me interpelam e exigem de mim uma resposta racional ou ao menos uma alternativa possível. Faço ligações, lucubrações, recorro a meus arquivos interiores. Por fim, desisto de dormir e me entrego ao pensamento.

Nesta noite, o motivo de minha insônia é a distância que vejo entre o ideal e o real. Entre o sonho e o que está posto. Entre o evangelho e a religião.

Conheço um cara há pouco mais de dez anos, e sou seu amigo há uns oito. Desde o início lhe achei um tanto estranho, por sempre falar de coisas que faria e que, para mim, a princípio, eram utópicas. Quando Netto me disse pela primeira vez que queria gravar um álbum totalmente voltado aos projetos missionários,e que faria isto com a doação de pessoas das igrejas, fui fortemente tentado a lhe dizer: “Pára com isso cara, não vê que isso não vai dar certo!” Mas não disse. E para surpresa de todos (ou de muita gente), ele não só gravou o CD, como o fez com qualidade muito superior a tudo que já havia sido realizado na região. E como todo idealista, esse trabalho foi apenas o acender do pavio, o grande BUM estaria ainda por vir.

Conhecendo tantas pessoas como só é possível para aqueles que estão nos lugares certos todos os dias, reuniu em torno deste ideal um grupo que pensa como ele. Lançou então o próximo desafio: Gravar um CD no melhor teatro da cidade com uma produção impecável, contando com excelentes músicos e, o mais difícil, reunindo jovens de todas as igrejas evangélicas em um só grupo para formar o Coral Sublime Tarefa. Mais uma vez utópico. Mais uma vez alcançado. O lançamento do trabalho foi em praça pública, no centro da cidade, diante dos olhos daqueles que acreditaram no propósito e ajudaram a torná-lo possível, mas também daqueles que, incrédulos, assistiram um espetáculo de união e dedicação na conquista de um propósito mais abrangente que o próprio umbigo.

Agora alça vôos mais altos, com um propósito ainda maior. Vender todos os CD’s gravados (e mais alguns) para aplicar na construção de um centro de acolhimento, treinamento, educação e socialização de crianças e adolescentes sócio-vulneráveis. Mas, na verdade, tudo começou com este sonho. Tudo começou na inspiração da biografia do missionário George Muller.

É difícil resumir a obra notável deste missionário que viveu entre os anos de 1805 e 1898. Com uma fé constrangedora para alguns de nós, ele simplesmente construiu cinco casas para abrigar duas mil crianças sem jamais pedir um centavo a quem quer que fosse. Todo recurso, desde o pão diário, aos funcionários para cuidar das crianças eram frutos de uma vida de oração e entrega pessoal a Cristo.

Pensado nestes dois exemplos surgem turbilhões de questões em mim. Vem à memória as lutas internas pelas quais passava cada vez que me deparava com um texto Bíblico que exigia uma renúncia, uma mudança, um desvio brusco de direção. Sentia-me impelido a tomar decisões que, a meu ver, eram por demais difíceis, porém sempre geravam prazer e alegria tal qual nunca antes havia experimentado.

Eu me recuso a acreditar que isto que vejo exposto todos os dias é cristianismo. Tem que ser mais que isso!

Ser cristão tem que ser mais que fazer parte de um grupo que se reúne periodicamente em um templo, cantam hinos, lêem um texto sagrado, oram e vão para suas casas.

Ser cristão tem que ser mais que assistir DVD’s de cantores e pregadores que apelam para cada um dos poros, afim de mexer com os sentimentos e, desta forma, arrecadar mais seguidores ou clientes.

Ser cristão precisa ser mais que usar roupas bonitas no domingo, falar um dialeto próprio, comprar literatura direcionada, ouvir música de comunidades e convidar os amigos para um evento à noite.

Ser cristão precisa ser mais que pastorear a conta corrente, ensinar com artifícios, servir com interesses, usar os dons em busca da fama.

Não vejo cristianismo nas escalas de poder que emprestam os termos Bíblicos para criar uma hierarquia de santidade e grau de intimidade com o Todo Poderoso.

Li errado ou está escrito que aquele que quiser ser o maior no Reino dos Céus deve ser servo de todos? Ou que os que quiserem honra dos homens, não terão reconhecimento algum diante de Deus?

E pensar que os valores mais perseguidos pelos cristãos eram a cruz que conduz à vida verdadeira, a perseguição pela defesa da verdade, a morte por não ser condizente e o desprezo por defender a causa do Reino.

Todavia, ainda há aqueles que servem ao Senhor com sinceridade, mas não os procure nos cruzeiros marítimos pelo litoral brasileiro, antes, vá aos guetos, às vielas, procure naqueles lugares onde os sapatos de cromo alemão não pisam. Nos interiores africanos, sertanejos, palestinos, sudaneses.
Há uma causa pela qual o Cristão pode ser chamado assim.

Ser cristão é desejar estar com Cristo, mas resistir ao desejo por amor aos que ainda não o conheceram. Ser Cristão é ter uma causa.

“Quem não tem uma causa pela qual morrer, não tem motivo para viver” (Martin Luther King Jr)