segunda-feira, 29 de março de 2010

O Deus InVisível

Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? 
Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares,ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.
Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa.
Salmo 139.7-12

O que foi? Não viu nada? Pois é, ainda que você não o veja, nem haja relâpagos ou trovões, e ainda que a terra não estremeça; tenha certeza, Ele está presente. Seus olhos estão sobre toda a terra, isso inclui você.

Mas, para lhe ajudar, passe o mause sobre o texto anterior.

AUTO-ATENDIMENTO CELESTIAL

Você já teve a irritante experiência de ser atendido por uma máquina quando precisava de uma informação ou serviço? Tenho certeza que sim. Esta forma de solução de pequenas ou grandes dúvidas se tornou muito comuns e lucrativas em empresas de médio e grande porte.
E não só pelo atendimento telefônico, como também na AJUDA de sites e provedores de e-mail. Às vezes as respostas dadas à nossas dúvidas são tão ridículas, que não parecem ter vindo de uma “máquina inteligente”. Hoje precisei reconfigurar um de meus e-mails, pois havia errado na informação de minha data de nascimento, e ao tentar falar com o provedor, fui deslocado para uma página de comunicação de problemas (e que prometia solucioná-los). A resposta que obtive foi tão sem noção que me irritei e mandei um e-mail de volta bem menos educado que o primeiro.
Aí eu fiquei pensando: Já imaginou se fosse assim para falar com Deus?

Diálogo entre um Cristão orando (em negrito) e o auto-atendimento celestial:

- Amado Senhor...
- Boa noite com quem falo?
- O que? Senhor, és tu falas comigo?
- Desculpe, mas este é um novo serviço inaugurado aqui no céu. Meu nome é Angelo, em que posso lhe ajudar?
- Perdão, mas, eu não estava apenas orando? Eu só quero falar com Deus!
- Sinto muito querido, mas o Todo-Poderoso só atenderá as chamadas urgentes após passarem por uma triagem, levando em conta as prioridades estabelecidas pelo PREANEH.
- Pre o que?
- PREANEH. Programa de Efetividade no Atendimento às Necessidades Humanas. Ele visa estabelecer prioridades no atendimento às verdadeiras necessidades. Entende?
-Não.
- É o seguinte. Muita gente estava ligando (orando) para o SENHOR só para pedir coisas absolutamente inúteis. Do tipo mansões, Ferrarys , ganhar na loteria... Fora os absurdos como acabar com o casamento de fulana pra ficar com o marido dela, o cara do Reality Show ser eliminado, o casamento homosexual ser aprovado. Então, foi resolvido que só passa para o CHEFE aquilo que for realmente importante. Então, qual é o seu problema?
- Na verdade, eu estava precisando falar com ELE a respeito do meu patrão, sabe...
- Um momento, o problema é referente a trabalho?
- Sim, é que...
¬ Então vou transferi-lo para outro atendente, visto que este setor não trata do assunto.
- Espera, eu...
- Aguarde, estamos transferindo sua ligação para um de nossos atendentes. Não desligue, resolver sua dificuldade é uma prioridade para nós. Tan-nanan-nanan-nanan-nanaaaan, tanan-nanaan, tananannnn
- Toca Mozart no céu!!!???
- Boa noite, meu nome é Rafael, em posso ser útil?
- Oi Rafael, me desculpe, mas, é que eu já tinha tentado falar com o outro anjo-atendente...
- Qual é o problema querido?
- Bem, é que eu gostaria de pedir ao SENHOR que me ajudasse numa causa que tenho pendente com meu patrão e...
- Um momento, seu problema é de ordem judicial/trabalhista?
- É. Por quê?
- Então vou transferi-lo para o setor de assistência jurídica celestial...
- Espera aí, eu posso ou não terminar minha oração? Já tem quase uma hora que estou de joelhos e não disse nada ainda sobre meu problema...
- Tananananananananammmmm.
- Eeeeiii!!!!!

Trinta minutos depois.

- Meu nome é Anjel, sou coordenador dos serviços de atendimento jurídico/trabalhista do céu, em que posso ser útil.
-Deixando que eu fale diretamente com Deus. É possível?
- Claro que sim.
- Mesmo!? Oh! Graças a Deus! Então me passa pra ELE por favor.
- Em um minuto. Mas antes, precisa fornecer alguns dados, responder um questionário virtual,...
- TUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU...

Graças a Deus que nos garante acesso livre ao seu trono, sem intermediários, sem burocracias, apenas de pondo em sinceridade diante dele, e entrando em sua Santa presença pelo novo e vivo caminho que nos foi aberto.
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu”.

Hebreus 10.19-23

quarta-feira, 10 de março de 2010

Indicação


Olá meus queridos amigos.
Quero convidar vocês a lerem uma entrevista com o pastor Juscelino, presidente e fundador do SER LIVRE (Serviço de Recuperação e Libertação de Viciados) em nosso site. Foi emocionante ver a dedicação deste homem diante de todos os desafios que se levantaram diante dele. Tenho certeza que vocês serão extremamente edificados, assim como eu fui.
Aproveito para convidá-los ainda a assistir o vídeo institucional na mesma página.
O site é o Sudoeste Gospel. Aproveite, e conheça as outras matérias, notícias e reflexões.

Um grande abraço a todos.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O último inimigo

Pois é, se você é uma daquelas pessoas que se orgulham de nunca ter cultivado inimigos, saiba que você tem um. E antes que faça conclusões precipitadas, não estou falando do Diabo, muito menos de qualquer pessoa em especial (isto inclui o telefonista de tele marketing).
Este inimigo, ou melhor, inimiga, tomou ocasião de um erro cometido por nossos ancestrais e desde então nos inflama, debocha de nossa incapacidade em vencê-la, não distingue ninguém, pois, para ela, todos nós somos seus inimigos naturais e ela não vai parar, enquanto houver vivos.
Estou falando da morte, nossa maior e mais poderosa inimiga.
Suas visitas não são agendadas, e não se importa com a condição social de quem a irá receber: ricos ou pobres, não importa, certamente estão em sua lista. Não importa se é um astro pop em franco esforço por recuperar sua imagem, e toma toda forma de medicamento para reduzir as dores ou se é um viciado em crack, jogado nas ruas e abandonado por familiares que se sentem impotentes diante da loucura do vício. Se é um atleta idolatrado, numa manhã de domingo tentado recuperar o melhor de sua história, ou um grupo de jovens de baixa renda, que tentam ter um padrão de vida igual ao dos caras do asfalto mas que não podem esperar tanto tempo e preferem partir para tomar o que “precisam”. Independentemente, todos serão visitados por ela.
Você deve conhecer dezenas de histórias de “mortes bonitas”, mas duvido que deseje vivenciar alguma. Certamente conhece histórias de muitas pessoas que doaram suas vidas em prol de uma causa, seja social, política ou espiritual. Mas, se houvesse um meio de alcançar estas vitórias sem o sacrifício da vida, certamente seria a opção mais aceita.
Mas, porque ela incomoda tanto? Não existem centenas de teorias a respeito da pós-morte? Será que nenhuma delas conforta, consola, ou pelo menos, ameniza a dor dos que ficam? A resposta é mais complexa que a pergunta.
Não adianta criar possibilidades, ela certamente chegará. As plásticas, os métodos, a mais avançada ciência, se mostram incapazes, vãs tentativas de retardar a chegada daquela que ninguém deseja, mas, no final, sempre chega.
Pode causar alívio naqueles que vegetam. Pode até causar alegria naqueles que torceram para que ela chegasse ao lar do desafeto. Mas continuará sendo odiada, rejeitada, enfim, inimiga.
O apóstolo Paulo escrevendo aos irmãos da igreja que estava na cidade de Corinto, ensina a respeito da ressurreição dos mortos e no capítulo 15, versículo 26 ele diz: “O último inimigo a ser destruído é a morte”. Ela que entrou no mundo por causa da desobediência dos nossos pais, permanece marcando sua presença geração após geração. E nós, impotentes, nos confortamos como podemos. Alguns apelam para o ateísmo de ocasião: deixam de crer em Deus porque ele não lhe ouviu quando pediu que seu (sua) amado(a) não fosse tragado pela voracidade mortal da inimiga. Outros insistem em não deixar que este ou aquele se vá, e apela para a mediunidade para continuar com seu ente próximo. E há ainda aqueles que crêem que no fim, todos se encontrarão outra vez, e tudo passará.
Mas, todo consolo parece inútil diante da dor e do estrago que a morte causa. Não há palavras. Não há promessas.
Jesus, na casa de Lázaro, seu amigo que havia morrido há quatro dias, apresenta para Maria, a irmã inconsolável, a esperança de uma ressurreição que, no sentido do que ele deseja mostrar, seria imediata, pois ali se encontrava o autor da vida. Mas ela continuou triste, inconformada. Ao encontrar Marta, a outra irmã, o diálogo não foi muito diferente. Diante da possibilidade de uma ressurreição, Marta continua abatida pela dor causada pela morte. O próprio Jesus, diante do túmulo de Lázaro, chora a tragédia humana daqueles criados à imagem de Deus, e que agora, por conta do pecado, se tornaram mortais, vulneráveis e derrotados.
Talvez nossa maior frustração seja a impotência diante de sua crueldade. Não há armas de defesa. Não há estratégias. Não há esconderijos. Somos obrigados a aceitar os fatos, e estes dizem que somos mortais.
A Bíblia, a maior fonte de fé e inspiração espiritual que a humanidade já conheceu, não diz, em momento algum que a morte é boa ou desejável. Antes, enfatiza sua presença no mundo como fonte de dor resultante do erro humano e de sua rebeldia contra o Criador. Não é natural.
Natural seria o homem viver eternamente. Morrer não é natural. Por isso dói tanto, pois em nós está a imagem daquele que nos criou, e como Ele é, deseja que sejamos: Eternos. Mas isso só pode se tornar realidade quando o pecado for extirpado do meio e para isso morreu Jesus, para que outra vez possamos ter direito à eternidade.
Ser eterno foi sonho de muitos ditadores. É sonho de muitas celebridades. Mas, independente das tentativas, certo é que só quem é eterno e tem a eternidade nas mãos a pode dar. Humanamente falando, ninguém chegará a este ponto. Do ponto de vista cristão, já estamos prontos a recebê-la quando estivermos finalmente com Cristo – a nossa esperança. Ele foi o único que venceu a morte e por isso pode nos dar também a mesma vitória.
“Pois estou certo que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.

terça-feira, 2 de março de 2010

A IMENSURÁVEL GRAÇA DE DEUS

por Daniel Novais

Texto: Mateus 19.16-22
O apóstolo Mateus narra a história (narrada também em Mc. 10-22; Lc. 18.18-23) de um jovem de classe alta da região da Judéia, o qual se aproxima de Jesus e lhe dirige a seguinte pergunta: “Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?” (v.16). Interessante observar o conteúdo da pergunta desse homem, porque ele não pergunta o que ele pode fazer para cooperar com Deus na sua perseverança salvífica (doutrina bíblica conhecida como perseverança dos santos, a qual ensina que o cristão tem participação ativa na sua santificação e coopera com Deus nela), mas pergunta como pode adquirir a salvação.


Jesus diante de tal pergunta lhe responde que ele deveria guardar os mandamentos; então o jovem devolve perguntando quais seriam eles; parece que ele havia se esquecido do texto de Levítico (Lv) 18.5 que diz: Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, observando-os o homem, viverá por eles. Eu sou o SENHOR. O texto mosaico claramente afirma que o homem apenas viverá se guardar toda a Lei.
O apóstolo Mateus nos conta que Jesus elenca apenas 6 mandamentos, os quais são: “não matarás” (v. 18), “não adulterarás” (v. 18), “não furtarás” (v. 18), “não dirás falso testemunho” (v. 18), “honra a teu pai e a tua mãe” (v. 19) e “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v. 19). Esses mandamentos de Jesus podem ser resumidos apenas pela cláusula “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v. 19), ou seja, esses mandamentos citados por Cristo estão claramente incompletos, como meios para se alcançar a vida eterna não são suficientes, pois o texto de Lv. 18.5 não exclui uma ordenança sequer; para que o homem alcance a vida por meio da lei mosaica, a mesma deve ser plenamente satisfeita.


Então, diante da resposta de Cristo o jovem então exclama: “Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?” (v. 20). Observe que o jovem faz essa pergunta, mas não esperava de fato mais alguma ordenança ou mandamento. Ele havia perguntado a Cristo quais eram os mandamentos suficientes para que ele pudesse alcançar a vida eterna, Jesus responde sua pergunta citando apenas seis mandamentos, logo, pelo simples raciocínio, a vida eterna está diretamente relacionada unicamente pela observância desses mandamentos citados, se cumpridos possuirá a vida eterna. A compreensão que se pode chegar diante da pergunta do jovem é que ele gostaria de ouvir de Jesus não mais um mandamento, mas a aprovação do Mestre da Galiléia de que ele [o jovem] tinha alcançado a vida eterna por causa da sua observância desses seis mandamentos.
No entanto, Jesus expressa que lhe falta apenas um único mandamento para que ele de fato alcançasse a salvação, então dessa forma ele diz: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.” (v. 21). O texto sagrado nos informa que, aquele “[...] jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades.” (v. 22). Jesus lhe ensina que alcançará a vida eterna se destronar do seu coração as suas riquezas e posses (não há nenhuma intenção da parte desse autor fazer apologia à Teologia da Prosperidade), para entronizar a Deus no centro da sua vida, por meio de uma união sincera à Cristo e levar uma vida de dependência total do Mestre de Nazaré.


Jesus ensina àquele homem que a salvação, depois da queda do primeiro homem, jamais poderá ser fruto do mérito ou esforço humano (Mt. 19.26a), mas sim, pautada e concedida mediante a imensurável graça divina.
O apóstolo Paulo escrevendo aos irmãos da Galácia contra os judaizantes (cristãos vindos do judaísmo, os quais ensinavam a salvação como uma união da fé em Cristo e da observância da lei mosaica), escreve o seguinte: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.” (Gl. 3.10), isso porque todos herdaram o pecado primeiro de Adão, todos mantêm disposições favoráveis ao pecado e todos praticaram, praticam ou praticarão o pecado, o qual é em essência transgressão da lei justa de Deus.
Porém, houve certo homem que conseguiu satisfazer todas as exigências da lei divina e “[...] nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro, para que a benção de Abraão chegasse aos gentios, [...], a fim de que recebêssemos, pela, o Espírito prometido.” (Gl. 3.13,14), esse homem além de levar sobre si a maldição divina que pesava sobre cada ser humano, creditou a sua justiça aos homens através da fé somente n’Ele e não pelas obras ou observância da lei. Esse homem, ou melhor, Deus-homem é JESUS CRISTO.


Os homens são incapazes de se auto-salvarem e de se auto-justificarem diante de Deus e ter vida eterna; o homem alcança a salvação não por algo que ele possa fazer, mas pela confiança em Jesus Cristo, o qual já realizou tudo por ele; a vida eterna não é independente da misericórdia divina, mas totalmente dependente da imensurável graça de Deus, a qual é aplicada pelo Espírito Santo sobre cada pessoa, mediante a fé em Cristo Jesus.


Que Deus em Cristo Jesus, esteja concedendo, a cada dia, a sua imensurável graça a cada um de nós, pois ela [graça] nos é suficiente. Amém!


Daniel é casado há dois anos, dirigente da Congregação Batista Betel, do Loteamento Água Branca, Jequiezinho,na cidade de Jequié/Ba. É estudante de teologia no último período.