domingo, 20 de maio de 2012

Inquietações de uma alma simples.


Estou inquieto.

Inquieto como nunca antes. Não consigo me encaixar nessa nova ordem das coisas. Não coaduno com este sistema.

Estou com saudades de um lugar onde nunca estive. Talvez seja o céu.

Pouco me atrai este mundo. Apesar de toda a sua beleza natural (ou o que ainda resta dela), de todos os lugares maravilhosos, de toda prosperidade humana, seus grandes conhecimentos, seus grandes feitos, suas incríveis descobertas... Nada me atrai. Nada parece completo.

Tudo parece tão igual!

Me sinto em um mundo tipo a Universal: Monocromático e uníssono. Como disse Salomão: Não há nada novo debaixo do céu.

Estou inquieto. Inquieto e enojado com a vulgaridade humana. Quanto pior melhor.

A deterioração dessa nossa geração é tão evidente, que mesmo uma pessoa com pouco senso crítico, mas com alguma porção mínima de moralidade se sente enojada, como eu, com as novas metas da sociedade evoluída. E a meta principal parece girar em torno de uma única coisa: Prazer. Principalmente o sexo.

Não o sexo saudável, ápice do amor profundo entre duas pessoas, que sela a união de um homem e uma mulher apaixonados, e que querem viver e conviver juntos, em um pacto eterno de companheirismo e cumplicidade. Não, este tipo de sexo saiu de moda. É feio. É uma afronta à nova estética.

Não sendo deste tipo, toda a forma de sexo é legítima (ou legitimada) e exaustivamente incutida pelos meios de comunicação. Ao mesmo tempo e hipocritamente fazem campanhas e mais campanhas contra a pedofilia e a exploração sexual infantil, mas criam ídolos infantis que agem como adultos. Bandas com músicas (se é que se pode chamar o que eles fazem de música) que exploram a sexualidade são cada vez mais convocadas para programas de grande audiência diurna, quando milhares de crianças estão assistindo e serão discretamente influenciadas a um comportamento liberal no que diz respeito ao sexo. O governo investe fortunas na distribuição de uma cartilha de incentivo a homossexualidade, propõe a colocação de máquinas de camisinha nas escolas, tem uma tendência enorme pró-aborto, e tudo isso escondida atrás de uma placa de saúde pública.
Promiscuidade é palavra extinta.

Faça sexo! Gritam eles. Seja um objeto sexual sem nenhum pudor.

Fale de sexo com seu filho, mas não lhe ensine valores antigos. Apenas lhe incentive a usar camisinha. E se sua filha tiver um namorado, incentive-a a trazê-lo para sua casa, para terem a primeira relação na cama dela (ou na sua, quem sabe). Não fale de virgindade, amor próprio, valor, temor a Deus, pureza. Pureza? Isso é um absurdo nestes tempos.

Não diga a seu filho que ele é homem e deve se comportar como tal. Não diga à sua filha que ela é uma moça e deve se comportar como tal. A nova geração é livre para escolher o que quer ser, mesmo contra a natureza.

Pobre nova geração. Quando acordar, será tarde demais.

Quero ir embora. Quero descer deste trem lotado e confuso. Em um mundo onde animais são protegidos e pessoas jogadas à própria sorte, não vejo razão para continuar a bordo.

Assisti a uma matéria há alguns dias que me deixou pasmo. Um curral velho era observado de longe por dois defensores dos “DIREITOS DOS ANIMAIS”. Quando o proprietário saiu, eles correram até o local e aí começa uma sequência de cenas que não consegui digerir.

Uma mulher chora pelos cavalos magros e mal cuidados. A polícia leva os animais e processa o dono. A polícia multa o homem em R$ 8.000,00. Os cavalos recebem comida, são examinados, medicados, recebem carinho e finalmente são levados para um “paraíso” bancado por um famoso.

E O HOMEM?

Continuou no barraco ao lado da estrada. Sozinho.

Mas isso não importa. Quem liga para um homem velho ao lado da estrada? O importante é que os cavalos estão bem.

Os cavalos encontraram uma pessoa para chorar por eles. Talvez um dia o homem encontre também.

Eu quero descer!

Não quero continuar em mundo onde:

Ser justo é pecado;
Ser hetero é crime;
Ser honesto é idiotice;
Ser cristão é moda;
Ser sóbrio é otarice;
Ser virgem é blasfêmia;
Ser verdadeiro é inadequado;
Respeitar é fraqueza;
Crer é absurdo.

Eu, como E.T. assumido, não me encaixo neste sistema terreno. Sou peregrino. Sou sempre forasteiro.

Falam de paz, mas glorificam a guerra, o terror e a violência nas mídias de massa diariamente.
Os romanos eram bárbaros? Gengis Khan era uma besta selvagem? E nós, o que somos?
Os novos “heróis” são brutamontes de orelhas deformadas que recebem grandes prêmios para espancar o adversário e depois, com olhos quase fechados e sangue por todo corpo se saúdam e se parabenizam como se isso fosse minimizar a violência que protagonizaram. Tudo isso diante de milhões de pessoas em todo o mundo. Uma plateia que em nada se difere dos romanos que assistiam aos combates entre os gladiadores.

Nossa geração caberia direitinho na política Cesariana do “Pão e circo”. Tendo comida e diversão, vão pra onde os poderosos quiserem. Admiram as mansões e se ocupam com a vida privada dos tele ídolos, para não verem (ou se eximirem de responsabilidade) os desmandos dos administradores públicos. São capazes de lembrar os horários da TV, das novelas, mas se esquecem facilmente em quem votaram nas últimas eleições.

Em nosso caso, especificamente, ouvem tudo que dizem que a Bíblia diz, mas, em sua maioria, são incapazes de ler a Palavra e conhecer seus ensinos.

Em um mundo que se dirige rapidamente para o abismo, melhor seria estar fora dele para não sofrer os danos do acidente que se aproxima. Afinal, o que esperar de um trem desgovernado rumo ao abismo?

Pobre humanidade! Tola, confusa e soberba.

Mas, contra todas as possibilidades, ainda creio. Não no homem. Não na capacidade ou bondade humana. Creio que há um Deus no Céu, que por pura misericórdia nos tirará dessa confusão e nos levará ao melhor lugar – Sua presença.

“Eu sei que o meu redentor vive, e que, por fim, se levantará sobre a terra”. Jó 19.25.