quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ética antes de tudo


Caros amigos e irmãos.

Recebi uma recomendação de um blog cristão e logo me interessei pois o mesmo anuncia que disponibiliza estudos bíblicos GRÁTIS com o intuito de ajudar estudantes, professores e outros interessados. Fiquei feliz por haver  alguém que se desse a tanto trabalho em troca apenas de um prêmio no céu.

Porém, enquanto navagava pelo blog, descobri que alí são vendidas literaturas, traduções de textos e outros serviços (nada demais), mas, entre os serviços oferecidos consta também MONOGRAFIAS PRONTAS. E ainda é apresentada como sendo única, com boas referências bibliograficas e que o comprador não precisará se preocupar pois não haverá risco dos educadores encontrarem o conteúdo em outro lugar.

Então, faço uma pergunta: É esta a ética cristã? Isso tem fundamentação teológica bíblica?

Todas as coisas me são lícitas mas nem todas me convêm, disse o Apóstolo Paulo. Não entendo como uma página que leva o nome de uma comunidade cristã, e que parece se referir a um grupo cristão, pode estampar um anúncio deste tipo.
Alguém pode me questionar dizendo que isso não é crime. Então, vá à sua orientadora na faculdade, ou diante da banca examinadora e diga isso. Nem tudo que é errado ou ilícito está previsto no código penal, mas está previsto na Bíblia.

"O que trabalha com mão enganosa empobrece, mas as mãos dos diligentes enriquece" Pv.10.4

Se os cristãos começarem a relativizar o que é ético, o que é justo, o que é honesto, deixaremos de ter uma igreja e passaremos a fazer parte de um clube social sem qualquer influência sobre nossa formação e caráter. E isso é o que o mundo não precisa.

Temos a mania de reclamar dos deputados e senadores, chamamos os vereadores de ladrões e enganadores. Costumamos acusar os empresários de nosso país de se aproveitarem da miséria dos pobres para pagar salários ruins. Trabalhar no comércio é sinônimo de escravidão. Mas o problema, é que quando os papéis se invertem, nada muda.

O empregado que vira patrão se acha no direito de surrupiar os direitos destes. O pobre que fica rico, logo descobre uma forma de burlar a Receita Federal. E nem precisa mudar de status para entrar na onda. Comprar DVD pirata é normal - uma alternativa. Comprar ponto de TV a cabo pirateada, é aproveitar a oportunidade. No país do jeitinho, quem não se aproveita de alguma forma dos outros é otário.

Não é este o caminho dos salvos. Não é este o comportamento dos nascidos de novo. Fomos chamados à luz, pois os que fazem o que é errado preferem as trevas, onde podem esconder-se. Não fomos chamados para o anonimato, pelo contrário, somos incentivados pela palavra a resplandecer.


Amados, fomos chamados à luz, então, vamos agir como tal. Sejamos sóbrios, vigiemos.

Seja a vossa integridade notória a todos os homens. Perto está o Senhor. Fp. 4.5

domingo, 24 de janeiro de 2010

Um pai cego de Amor

DOUTRINA DE SANTIDADE – II



Uma jovem fora criada em um pomar de cerejas na parte superior Traverse City, no Michigan. Seus pais, um tanto antiquados, costumavam reagir mal ao seu piercing no nariz, às músicas que ouvia e ao comprimento de suas saias; de vez em quando eles a repreendiam e ela fervia por dentro. "Odeio vocês!", gritou para o pai quando ele bateu a porta do quarto dela depois de uma discussão. Naquela noite, a jovem realizou um plano que mentalmente já ensaiara dezenas de vezes. Ela fugiu de casa.
A jovem havia visitado Detroit apenas uma vez, em uma viagem de ônibus com os jovens da igreja para assistir ao jogo dos Tigers. Os jornais de Traverse City descreviam em chocantes detalhes as gangues, drogas e a violência na cidade de Detroit; ela concluiu que provavelmente seria o último lugar onde seus pais a procurariam. Talvez Califórnia, ou na Flórida, mas não em Detroit.
No seu segundo dia ali, ela conheceu um homem dirigindo o maior carro que já vira na vida. Ele lhe ofereceu carona, pagou-lhe um almoço e arranjou-lhe um lugar para ela ficar. O homem deu-lhe alguns comprimidos que a fizeram sentir-se melhor do que jamais se sentira. Ela se sentiu ótima e concluiu: seus pais não permitiam que ela se divertisse. A boa vida continuou durante um mês, dois meses, um ano. O homem com o carrão - ela o chamava de "chefe" - ensinou-lhe coisas de que os homens gostam. Sendo menor de idade, os homens lhe pagavam mais. Ela morava em um apartamento pequeno e podia encomendar o que precisava. Ocasionalmente, pensava nos pais em casa, mas a vida deles lhe parecia tão chata e provinciana que mal acreditava que fora criada ali.
Ela se assustou ao ver sua foto na embalagem de leite com os dizeres: "Vocês viram esta criança?". Agora, porém, com o cabelo tingido de loiro, e com toda a maquiagem que usava, ninguém a consideraria uma criança. Além do mais, a maioria dos seus amigos também fugira de casa, e ninguém dava com a língua nos dentes em Detroit.
Depois de um ano, os primeiros sintomas incipientes da enfermidade apareceram, e ela ficou surpresa com a crueldade do chefe. "Hoje em dia, a gente não pode facilitar", ele rosna; antes que a jovem percebesse, estava na rua sem um tostão. Ela ainda conseguia ganhar alguma coisa de noite, mas não lhe pagavam muito, e todo o dinheiro era usado para manter o vício. Quando chegou o inverno, ela se encontrava dormindo nas grades de metal do lado de fora de uma loja de departamentos. "Dormir" não é a palavra certa - uma adolescente sozinha na noite em Detroit não pode nunca baixar a guarda. Estava com olheiras profundas. Sua tosse piorava.
Uma noite ela se encontrava acordada, atenta ao barulho de passos; de repente, tudo ao seu redor pareceu diferente. Ela não se sentia mais como uma mulher do mundo. Sentia-se uma menininha perdida em uma cidade fria e assustadora. Começou a soluçar. Seus bolsos estavam vazios e estava com fome. Precisava de uma dose. Trêmula, encolheu as pernas debaixo dos jornais que empilhara sobre o seu casaco. Alguma coisa acionou uma série de lembranças e uma imagem preenchia sua mente: o mês de maio em Traverse City, quando milhares de cerejeiras estão em flor todas ao mesmo tempo, e ela via seu cachorro correndo no meio das fileiras das árvores em flor atrás de uma bola de tênis.
Deus, por que eu fugi?, ela disse para si mesma, e uma dor traspassa seu coração. Meu cachorro em casa come melhor do que eu agora. A jovem estava soluçando e, imediatamente, percebeu que desejava voltar para casa mais do que qualquer outra coisa no mundo.
Três telefonemas, todos caindo na secretária eletrônica. Nas duas primeiras vezes, ela desligou sem deixar uma mensagem; na terceira, porém, disse: "Papai, mamãe, sou eu. Estive pensando em voltar para casa. Estou pegando um ônibus e chegarei aí amanhã lá pela meia¬noite. Se vocês não estiverem me esperando, bem, acho que ficarei no ônibus e irei para o Canadá".
Foram sete horas de ônibus entre Detroit e Traverse City; durante aquele tempo ela percebia os erros no seu plano. E se os pais estivessem fora da cidade e nem tivessem ouvido a mensagem? Não deveria ter esperado outro dia para poder falar com eles? E, mesmo que estivessem em casa, provavelmente já a consideravam morta há muito tempo. Deveria ter-Ihes dado um tempo para se recuperarem do choque.
Seus pensamentos pulavam de lá para cá entre as preocupações e o discurso que estava preparando para o pai. "Papai, sinto muito. Sei que estava errada. A culpa não foi sua; foi minha. Papai, você pode me perdoar?" Ela repetiu as palavras muitas e muitas vezes, com a garganta apertada enquanto as ensaiava. Nos últimos anos não havia pedido perdão a ninguém .
O ônibus estivera andando com as luzes acesas desde Bay City. Floquinhos de neve batem no calçamento desgastado por milhares de pneus e o asfalto exala vapor. Ela havia esquecido como a noite é escura lá fora. Um cervo cruzou a estrada como uma flecha e o ônibus deu uma guinada. De vez em quando, aparecia um outdoor ao lado da estrada. Uma placa indicava quantos quilômetros faltavam até Traverse City. Oh, Deus!
Quando o ônibus finalmente entrou na rodoviária, os freios sibilando em protesto, o motorista anunciou no microfone: "Quinze minutos, pessoal. É tudo quanto vamos gastar aqui". Quinze minutos para decidir sua vida. Ela se examinou em um espelhinho, alisou o cabelo e limpou o dente manchado de batom. Olhou para as manchas de fumo nas pontas dos dedos e ficou imaginando se os pais iriam perceber. Se estivessem lá.
A jovem entrou no saguão sem saber o que esperar. Nenhuma das milhares de cenas que passaram por sua cabeça a prepararam para aquilo que viu. Ali, naquele terminal de ônibus de paredes de concreto e cadeiras de plástico de Traverse City, em Michigan, estava um grupo de quarenta parentes, irmãos e irmãs, tios e primos, uma avó e uma bisavó para recebê-la. Todos eles estavam usando chapeuzinhos de festa e assoprando apitos; na parede do terminal havia um cartaz, dizendo: "Seja bem-vinda!".
Da multidão que a recepciona irrompe o papai. Ela olhou para ele através das lágrimas que brotavam dos seus olhos como mercúrio quente e começou o discurso memorizado: "Papai, sinto muito. Eu sei...". Ele a interrompeu. "Quieta, filhinha. Não temos tempo para isso agora. Nada de pedidos de desculpas. Você vai chegar atrasada na festa. Lá em casa há um banquete esperando por você."


Você pode imaginar que esta história é apenas uma ilustração, do tipo que o Pr. Juanribe Palharin apresenta, aliás, muito bem, diga-se de passagem.Mas, é isto que Deus tem feito através de Jesus há muito tempo. Compare esta história com o testo do Evangelho de Lucas, capítulo 15, versículos 11 a 32. Ser inteligente, é tomar a decisão certa, na hora certa.


(Extraído de Maravilhosa Graça. Philip Yancey. Editora Vida, 2003.)



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Amazing Grace - Maravilhosa graça


  A história de John Newton e um dos hinos mais conhecidos por todos os cristãos do mundo: Amazing Grace (Maravilhosa Graça)
 

Por volta de 1750, John Newton era o comandante de um navio negreiro inglês. Os navios faziam o primeiro pé de sua viagem da Inglaterra quase vazios até que escorassem na costa africana. Lá os chefes tribais entregavam aos Europeus as "cargas" compostas de homens e mulheres, capturados nas invasões e nas guerras entre tribos. Os compradores seleccionavam os espécimes mais finos, e comprava-os em troca de armas, munições, licor, e tecidos. Os cativos seriam trazidos então a bordo e preparados para o "transporte". Eram acorrentados nas plataformas para impedir suicídios. Colocados lado a lado para conservar o espaço, em fileira após a fileira, uma após outra, até que a embarcação estivesse "carregada", normalmente até 600 "unidades" de carga humana. Os escravos eram "carregados" nos navios para a viagem através do Atlântico. Os capitães procuraram fazer uma viagem rápida esperando preservar ao máximo a sua carga, contudo a taxa de mortalidade era alta, normalmente 20% ou mais. Quando um surto de disenteria ou qualquer outra doença ocorria, os doentes eram atirados ao mar. Uma vez chegados ao Novo Mundo, os negros eram negociados por açúcar e melaço que os navios carregavam para Inglaterra no pé final de seu "comércio triangular."John Newton transportou muitas cargas de escravos africanos trazidos à América no século XVIII. Numa das suas viagens, o navio enfrentou uma enorme tempestade e afundou-se. Foi nesta tempestade que Newton ofereceu sua vida a Cristo, pensando que ia morrer.Após ter sobrevivido, ele converteu-se verdadeiramente ao Senhor Jesus e começou a estudar para ser um chamado Pastor”. Nos últimos 43 anos de sua vida ele pregou o evangelho em Olney e em Londres. Em 1782, Newton disse: "Minha memória já quase se foi, mas eu recordo duas coisas: Eu sou um grande pecador, Cristo é o meu grande salvador."No túmulo de Newton lê-se: "John Newton, uma vez um infiel e um libertino, um mercador de escravos na África, foi, pela misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, perdoado e inspirado a pregar a mesma fé que ele tinha se esforçado muito por destruir". O seu mais famoso testemunho continua vivo, no mais famoso das centenas de hinos que escreveu:


Maravilhosa Graça

1. Maravilhosa graça que alcançou
Um pobre como eu,
Que a mim, perdido e cego achou,
Salvou e a vista deu!

 2. De vãos temores e aflição
A graça me livrou
E doce alívio ao coração
Em Cristo me outorgou.


3. Se lutas vêm, perigos há,
Se é longo o caminhar,
A graça a mim conduzirá
Seguro ao santo lar.

 4. A Deus, então, adorarei
Ali, no céu de luz,
E para sempre cantarei
Da graça de Jesus.

Não conhece esta canção? Nunca a ouviu? Então ouça a assista a interpretação de Chris Tomlin em um clip do filme de mesmo nome. Acesse:

http://www.youtube.com/watch?v=pqJsBRFdrA0&feature=fvst

em: http://rodomar.blogspot.com/2007/09/histria-de-john-newton-e-amazing-grace.html

sábado, 16 de janeiro de 2010

É nois no futuro da inducação!

Antes isto fosse apenas uma piada, mas, infelismente, o varejo da educação superior vai acabar tornando esta cena uma realidade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um cântigo saudoso.



"Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra." Hb. 11.13

Da linda pátria estou bem longe;
Cansado estou;
Eu tenho de Jesus saudade,
Oh! Quando é que eu vou?
Passarinhos, belas flores,
Querem me encantar;
São vãos terrestres esplendores,
Mas contemplo meu lar.

Jesus me deu a sua preomessa;
Me vem buscar;
Meu coração está com pressa,
Eu quero já voar.
Meus pecados foram muitos,
Mui culpado sou;
Porém, seu sangue põe-me limpo;
Eu para a pátria vou.

Qual filho do seu lar saudoso,
Eu quero ir;
Qual passarinho para o ninho,
Para os braços seus fugir;
É fiel - Sua vinda é certa,
Quando... Eu não sei.
Mas ele manda estar alerta;
Do exílio volterei.

Sua vinda aguardo eu cantando;
Meu lar no céu;
Seus passos hei de ouvir soando
Além do escuro véu.
Passarinhos, belas flores,
Querem m'encantar;
São vãos terrestres esplendores,
Mas contemplo meu lar.

(Música da Harpa Cristã, nº 36. De autoria do pastor Justus H. Nelson)

domingo, 10 de janeiro de 2010



Autenticidade – o que é isso?


Quando eu cursava a sétima série do ensino médio (hoje fundamental), as meninas tinham um caderninho que, se não me falha a memória, era chamado de “Diário” ou “Caderno de recordações”. Os meninos viviam pegando no pé delas por conta destas “coisas de criança”, mas, na verdade, ficavam todos loucos pra saber se seriam convidados a escrever neles. É que escrever no caderno de uma menina bonita dava status ao felizardo.

Pois bem, nestes cadernos vinham perguntas que se referiam às preferências de cada um. Eram perguntas que podiam ser bem abrangentes, como também simples e diretas. E, relembrando hoje das perguntas e respostas que vi em muitos destes cadernos, desejei usá-los como exemplo do assunto sobre o qual pretendo refletir hoje.

Quase que invariavelmente, me lembro, as perguntas e respostas eram:

- Seu cantor preferido?

R: Renato Russo

- Cantora?

R: Marina (que na época não usava o Silva)

- Banda ou grupo preferido?

R: Legião Urbana

- Música?

- Pais e filhos (Legião Urbana)

Atriz?

R: Fernanda Montenegro

Ator? Aqui variava um pouco, a depender do gosto do cliente. Podia ser:

- Fábio Assunção, Antônio Fagundes, Tarcísio Meira...

Nunca entendi o critério usado por elas para escolher seus preferidos. Talento ou Beleza? Sei lá!

Então, em um destes momentos que agente vai ao passado e volta de súbito, percebi que os adolescentes de minha época cresceram e se tornaram jornalistas, padres, pastores, escritores, pregadores itinerantes, blogueiros e outras coisas. Percebi que as idéias são reduplicadas, mesmo que não se saiba de onde se originou e com que motivações foram expostas.

Descobri que o “politicamente correto” é nada mais que o simples fato de falar e apoiar o que todo mundo diz que é certo, bom, justo – independente das próprias convicções.

Percebi que se eu estudo pedagogia e não reverencio Paulo Freire, não posso ser levado a sério em minhas colocações – mesmo que esteja certo.

Que se gosto de música brasileira, mas não sou chegado no samba, sou “alienado culturalmente”, não conheço minhas raízes ou, como diz a letra, “sou doente do pé”.

Entendi que discordar das previsões catastróficas a respeito das mudanças climáticas, e que se não acredito que o aquecimento global é um problema mundial, sou quase que um retardado ambiental.

E, se tenho reservas quanto aos diretos humanos, e não concordo com as políticas de cotas para negros, modificações na Constituição para favorecer os homossexuais, normatização da profissão de prostituta. Sou retrógrado, débil, ou anti-socialista.

Então me pergunto:

É possível encontrar autenticidade lendo ou ouvindo um discurso, navegando pelos milhares blogs, acessando as milhões de páginas na web, ouvindo um sermão de um pastor ou padre?

Ser autêntico não dá ibope. Ser autêntico ofende.

Quer ter notoriedade? Fale o que as pessoas querem ouvir.

Quer ser famoso e bem querido? Não discorde dos defensores do aborto, dos direitos homossexuais, e muito menos daqueles que defendem as culturas indígenas. Independente do que os tais façam, sempre estarão certos.

Enfim, ser autêntico não é ser verdadeiro tampouco sincero.

Então seja autêntico. Repita o que todo mundo diz.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

História de nossa cidade


Noite em Jequié - by Ivonildo Calheira


Para quem não conhece muito bem a história da cidade de Jequié, município do interior da Bahia. Principalmente ao jequieenses.

Acesse o link http://www.renato.burity.com.br/cidadedejequie.htm

Trabalho interesante do autor do site.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mais que pena. Atitude.


No livro de Neemias no capítulo primeiro, a Bíblia fala da reação daquele homem ao ouvir dizer que seus compatriotas viviam em estado deplorável. Hanani, que estava entre os judeus que escaparam da deportação para a Babilônia, lhe trouxe notícias terríveis, de como o povo estava em profunda miséria, vivendo em uma cidade em ruínas, correndo todo tipo de riscos, visto que até as portas foram queimas.

Neemias, que apesar de ser um escravo do rei Artaxerxes, vive no palácio, goza da segurança, luxo e fartura que ali existe, se sente comovido com tais palavras e inicia um período de jejum, oração e súplica. Confessa os pecados seus e do povo judeu, e se entrega a uma busca por resposta Divina.

A primeira coisa que aqui fica claro é que para Neemias, aquela não era só mais uma notícia a respeito de um lugar distante. Sua reação não foi agradecer a Deus por não estar mais ali, antes, sentiu a dor de seus irmãos.

A comodidade cega. O conforto cauteriza.

Ouvimos notícias como as que estão todos os dias nas diversas mídias, tipo:

- Mãe acorrenta filho viciado em craque na tentativa de protegê-lo de traficantes.
- Pai desesperado diz que matou o filho durante uma crise de abstinência.
- Deslizamento de terra mata dezenas de pessoas em Ilha Grande.

Mas, tudo isso é só um noticiário. Agente desliga a televisão e junto com ela a consciência é desativada. Nada nos toca. Até o dia em que a tragédia bate à nossa porta.

Alguém pode argumentar que Neemias, de uma forma ou de outra, acabaria tendo que voltar para sua terra e por isso estava preocupado com o estado em que ela estava. Acontece que ele escolhe voltar no período em que as coisas estão em pior situação, e, quando finalmente melhora, seu nome não é contado entre os que voltaram para Jerusalém.

Neste primeiro momento de reflexão, na primeira parte deste texto, gostaria de fixar este ponto: Não basta se comover. É preciso tomar atitudes práticas.

Uma religiosidade que não passa pela compaixão é tão incoerente quanto uma compaixão exercitada em troca de fama e reconhecimento. Ambas são nulas.

Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. (Mt. 9.13 – Jesus cita Os. 6.6)