sexta-feira, 24 de junho de 2011

O PERIGO DE VIVER UMA VIDA SEM DEUS

Exposição de 1 Cr. 10.1-14




O rei Saul é uma das figuras mais proeminentes da história de Israel. Com sua presença augusta e por ter sido o primeiro rei de Israel, inaugurando assim a monarquia entre os descendentes de Abraão, Saul figura entre os principais e mais polêmicos personagens bíblicos.

O relato da morte deste monarca revela o grande perigo de se colocar a pessoa de Deus à margem da nossa história.

Deus havia transformado Saul de um homem pobre num homem rico, de um homem sem expressão num homem poderoso, de um homem vazio em um homem cheio do Espírito Santo, no entanto, apesar de todos esses privilégios, o filho de Aquis decidiu viver na contramão do propósito de Deus para a sua vida.

O historiador sagrado relata, nos versos 13-14a, que o rei Saul cometeu, no mínimo, três grandes pecados que o levou a se afastar de Deus. O primeiro está relato em 1 Samuel 13.8-14, foi quando Saul assumiu as prerrogativas de sacerdote, em lugar de Samuel, oferecendo holocaustos e ofertas pacificas, então Samuel vai lhe ensinar que o objetivo de todo homem, inclusive o rei, não era agradar a homens, mas sim a Deus.

O segundo deslize de Saul encontra-se escrita em 1 Samuel 15.1-24 e mais uma vez Saul vai transigir com os absolutos de Deus. O Senhor ordena que Saul exterminasse a todos os amelequitas e destruísse todos os seus bens, porém o que Saul fez foi totalmente diferente. Além de poupar a vida de Agague, rei dos amalequitas, Saul poupou o melhor dos bens daquela nação. Então, Samuel se levanta e diz a Saul que Deus o havia rejeitado por causa do seu coração empedernido e sua desobediência aviltante.

O terceiro pecado é relato em 1 Samuel 28. Vendo o exército filisteu Saul teme e procura consultar ao Senhor, todavia este não o responde, o rei então, procura uma médium e, buscando se comunicar com Samuel, para este lhe revelar o que ele, Saul, deveria fazer e a Bíblia diz que isto foi abominação diante do Senhor.

Agora o rei Saul está indo para o campo de batalha pela última vez, ele, seus filhos e alguns dos seus soldados estão no monte Gilboa; o texto sagrado nos informa que seus soldados e seus filhos caíram mortos na arena de combate; então os flecheiros filisteus vão ao encalço de Saul e de seu escudeiro. Este recebe uma ordem do rei para que o matasse, mas temendo Saul, resigna-se a este último pedido; então o próprio Saul, por causa do seu orgulho, lança-se sobre a sua própria espada e coloca fim a um reinado de 40 anos, e mais, joga uma pá de cal sobre a história de um homem que recebeu muitas oportunidades, muitos privilégios do Senhor. No momento final de sua história Saul não demonstra arrependimento, não há confissão pelos seus pecados, não há lamento pela sua funesta situação espiritual, não há quebrantamento, não há oração a Deus por livramento, pelo contrário o que permanece é um homem que, deliberadamente, resolveu excluir o Todo-Poderoso da sua trajetória; Saul colocou à margem a única pessoa que poderia trazer razão para sua vida.

O salmista escreve dizendo: “Diz o insensato de coração: Não há Deus”. (Sl. 14.1) O salmista chama de insensato aquele que vive como se Deus não existisse; o meio irmão de Jesus, Tiago, chama de mundano aquele que faz planos para sua vida, sem considerar o Deus que lhe deu a vida e o fôlego (Tg. 4.13-16). Jesus chama de louco, aquele que busca um fim em si mesmo e ignora Aquele que é o fim de todas as coisas (Lc. 12.13-20).

Hoje em dia nós, cristãos, estamos sendo tentados e instados, constantemente, a levar uma vida extremamente individualista e privatizada; talvez formalmente nós não rejeitemos a Deus, mas assim o fazemos quando nos preocupamos e buscamos mais as vitórias de Deus, do que o Deus das vitórias, mais as bênçãos de Deus do que o Deus das bênçãos, mais a doação do que o Doador; fazer a vontade de Deus deve preceder e ser priorizada em nossas vidas muito mais do que o conforto, a prosperidade financeira, a saúde, o sucesso, e qualquer benesse que o mundo dos mortais possa nos oferecer. Só seremos lembrados positivamente na história se a nossa vida, em todas as áreas, gravitar em torno do Verbo de Deus, daquele que era, que é e que há de vir. Glória, pois a Ele eternamente. Amém.


Daniel Novais Souza, bacharel em Teologia pela Faculdade Batista Brasileira-Salvador/BA, pós-graduando em Plantação e Revitalização de Igrejas pelo Seminário Presbiteriano do Sul-Campinas/SP e dirigente da Congregação Batista Betel, desde 2008.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Amigo de Deus

“Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade com Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. Tg. 4.4

“Andarão dois juntos se não estivem de acordo?” Am. 3.3

Desejar a amizade de Deus implica em uma série de atitudes e renúncias, entre elas, a renúncia à amizade para com coisas que o ofendam.

Veja bem, Deus é Santo, e sua santidade exige um padrão de vida diferente. Para Ele, a simples cobiça já é adultério:

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela”. Mt. 5.27,28.


Se queremos ser amigos d’Ele, temos que andar de modo que o agrade, pois ele nos ama e quer o melhor para nós. Em Provébios 8.17 está escrito que Ele: “Ama os que o amam, os que o procuram, o acham”.

O mundo em que vivemos está repleto de distrações e situações que empurram a família, os amigos e a espiritualidade para o segundo plano. Não temos tempo, e Deus é um amigo que exige tempo e dedicação.

Acostumamos-nos a dar a Ele aquele tempo em que não temos nada melhor para fazer. Mas, queremos realmente dedicar a Ele nossa vida? Temos algum tempo consagrado à comunhão com Ele? Queremos Ele realmente em nossa vida diária?



Ou agente entra nessa amizade pra valer, ou pula fora. Amós faz uma pergunta: Andarão dois juntos se não estiverem de acordo? Estamos de acordo com os termos desta amizade? Se cremos nele como Senhor e Salvador e desejamos ser chamados de amigos assim como foram os discípulos, precisamos então andar com Ele. Conviver com Ele.

Ser amigo de Deus, é conhecer a vida que realmente vale a pena.

por Levi Ferreira.

O Evangelho

 


Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser ...

Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!

O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só ...
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.

Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu

É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.

O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
 
Que assim seja!

Turbilhão


Turbilhão, segundo Sérgio Ximenes, entre outras coisas, é o movimento forte e giratório das águas ou do vento. Na enciclopédia aberta Wikipédia acrescenta-se que, no caso de acontecer na água, é causado pelo encontro de correntes de duas marés. Ou seja, no choque de duas forças que se encontram, o resultado é um redemoinho poderoso que pode tirar muitas coisas de seus lugares.

Acho que estamos agora no centro de um destes turbilhões.

O choque entre a ética e pureza do Reino de Deus e a total depravação do gênero humano nestes dias, tem me feito passar muito tempo mergulhado em pensamentos, buscando respostas e compreensão das coisas que vejo, ouço e sinto. Seria uma grande hipocrisia de minha parte (para não dizer insensibilidade) se eu simplesmente dissesse que tudo que está acontecendo é “apenas” o cumprimento da Palavra de Deus, e que nada disto me toca, pois sou SEPARADO, UNGIDO, SELADO, CONSAGRADO... Além de tudo isto, sou humano.

Palavras do Apóstolo Paulo: Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?

Ser cidadão dos céus e viver na terra tem sido uma tarefa cada vez mais difícil, e não só por conta da santidade da nova vida, mas, muito mais grave e gritante, pela distância entre os valores bíblicos e os humanos. De um lado, um código que fala de igualdade verdadeira, humildade como base da vida social, valorização do outro mais do que das coisas. De outro, um mundo que alardeia o consumismo como ideal de vida, a promiscuidade como clímax da felicidade, o oportunismo sem qualquer vestígio de altruísmo, a doação como sinônimo de autopromoção.

Enquanto Jesus, ecoando o Antigo Pacto, mostra a criança como protótipo do cidadão do Reino, os homens não se furtam da oportunidade de ter prazer ou lucro explorando a inocência de um ser que, como qualquer outro, tinha sonhos, mas agora foi apresentado à dor e sofrimento por aquele que deveria ser seu semelhante. Me julguem como quiserem, mas um homem que, vendo uma menina de nove, dez anos de idade com fome, tem o despautério de oferecer cinco reais em troca de sexo com ela... Esta coisa que se intitula homem não é digno de viver.

Ser obrigado por lei a “aceitar” que as crianças e adolescentes tenham liberdade e sejam incentivadas a decidirem sua sexualidade baseada simplesmente nos desejos do corpo. Negando que há uma propaganda quase impozitória da felicidade de ser gay. Negando os transtornos psíquicos e sociais causados e sofridos por estas práticas. Ligando posição filosófica e moral a preconceito e crime.

Viver entre pessoas que sofrem do mesmo mal, a morte, e, no entanto, se tratam como sendo absolutamente diferentes. Criando castas, classes, hierarquias, cujo fim quase sempre não é o de organizar, mas, sim, subjugar. Ter o outro sob seu domínio. Controlar.

Estar todos os dias sendo bombardeados por notícias de corrupção, violência, exploração, humilhação e desrespeito, e o pior, não partindo isto de um inimigo externo. Não estamos sofrendo isto por parte de uma raça superior vinda do espaço, não estamos sendo dizimados por habitantes de outros planetas que querem a nossa terra. Quem está fazendo isto, é a própria raça humana, evoluída e superior. Aliás, eu gostaria de saber como a teoria evolutiva explica esta involução. Ora, se saímos das cavernas, de toda uma cultura de ignorância e anti-sociabilidade e partimos em direção á civilização, será que agora está sendo feito o caminho inverso? Talvez eu deva pensar em alugar uma caverna!

Na Bíblia se encontra a ética que este mundo precisa. A Consciência de que, se outro não é feliz, eu não posso ser. Se o outro está com fome, não posso me deliciar em um banquete.

Desde a minha adolescência ouço e vejo a escalada das drogas em nossa sociedade, e, mesmo que naquele tempo não tivesse o senso crítico que o tempo e as experiências me deram, lembro muito bem da hipocrisia dos poderes públicos.

Volta e meia nós víamos alguém de nossa comunidade indo para a cadeia porque estava traficando, ou roubando ou ainda estava envolvido com gangues. Mas, nunca, eu disse nunca em toda minha infância, adolescência e juventude (até uns dias atrás), tinha ouvido falar de algum figurão preso por envolvimento com o tráfico, embora, qualquer um de nosso bairro sabia naquela época quem eram os figurões da erva.
Enquanto o problema estava na periferia, ninguém ligava. Quando chegou na porta dos “poderosos”, se tornou problema nacional. Uma epidemia.

Enquanto o traficante matava escondido lá dentro da mata no alto do morro, o “usuário” no Leblon não tinha problemas, pois ele é um intelectual,e essa coisa de violência é fruto da falta de educação e marginalização social. Não importa se é o político, o juiz, o advogado, o médico, os estudantes na república que financiam ao traficantes e fazem a máquina da violência ganhar força. A culpa é sempre de quem não tem poder de falar.

Não importa se os maiores usuários dos serviços sexuais de menores (leia-se crianças) são empresários, políticos, policiais, servidores dos poderes executivo, legislativo ou judiciário. Os presos e condenados são quase sempre pessoas de baixa renda.

A podridão do mundo o faz cheirar pior que uma latrina.

O mal cheiro não vem dos cubículos em que mulheres sujas e sem escolaridade se prostituem em troca de alguns Reais. A fedentina não sobe dos guetos de usuários de crack amontoados em volta de uma pedra. A ânsia de vômito não me é causada pelas roupas imundas dos mendigos, moradores de rua, nóias.

O mundo inteiro JAZ no maligno (1Jo 5.19).

A podridão é de todo um sistema maligno, defeituoso, soberbo e violento, em avançado estado de decomposição.

E se observar todas estas coisas vindas de um mundo condenado é doloroso, indizível é a dor que me causa constatar as mesmas mazelas no meio eclesiástico. Exploração não é mais um hobbie de políticos corruptos, o é também de clérigos inescrupulosos que estão mais interessados na lã que na ovelha. Explorar a fé virou passatempo predileto de fracassados sociais que encontram na fragilidade humana a oportunidade de ficarem ricos.

A luta pelo poder é tão (com o perdão pela palavra) descarada que não se importam nem de organizarem festas para o mesmo propósito em dias diferentes, promovendo dissensão em uma data que deveria ser de comemoração da unidade. Falo, é claro, da ofensa pública à fé simples dos Assembleianos, provocada pelas duas festas OFICIAIS em Belém do Pará. Será que alguém acha que somos tão ignorantes que não percebemos a guerrinha interna?

Paulo tinha razão. Além das lutas com o mundo, somos todos os dias afligidos com os devaneios de gente que diz que é servo de Cristo. Não confunda as palavras. Pela nova ortografia da língua clerical, as palavras têm novo significado. Exemplo:

SERVO – Pessoa muito boa aos próprios olhos, que deve ser bajulada e tratada como um semi-anjo. Sinônimo de poderoso, rico, famoso, etc.

HOMEM DE DEUS – Pessoa do sexo masculino que deve ganhar um salário alto, ter conforto, e tudo isto à custa do povo. Ser tão superior que sua palavra é equivalente à palavra de um deus.

MULHER DE DEUS – Além de todas as definições dadas ao HOMEM DE DEUS, esta tem poder e autoridade sobre pastores, pregadores e demais líderes, porque é uma pessoa ungida.

UNGIDO – Pessoa que deve ser tratada pelos demais como uma “Super Pessoa”, pois é escolhida, enviada. Fala em lugar de Deus, pois sua palavra tem poder.

EVANGELHO – Manual de aplicação de técnicas para alcançar a fama, a fortuna, a vida sossegada, o reconhecimento e o poder. Pode também ser chamado carinhosamente de EUvangelho.

Encerro lembrando as palavras de um verdadeiro profeta, que, segundo o próprio Jesus, dos nascidos de mulher não houve outro igual a ele. João Batista:

“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo”.

O Juiz incorruptível está preparado para o grande julgamento, de onde ninguém escapará. Onde não contará a influência do deputado, onde não será ouvida a desculpa de que não sabia, onde a lei não tem benefícios para criminosos ricos, onde ser filho do presidente da convenção não garantirá imunidade.

ORA VEM SENHOR JESUS!!!