quarta-feira, 16 de junho de 2010

Liberdade!

Liberdade! Cantavam os negros sulistas em Mississipe. Liberdade! Sonhavam os escravos nos fundos fétidos e insalubres dos navios negreiros que vinham da áfrica. Liberdade! Protestaram, lutaram, morreram e alcançaram as províncias da antiga União Soviética. Liberdade! Desejam os cubanos, para ir e vir, para comprar e vender, para ter o que é propriamente seu (a redundância de termos é proposital). Por liberdade de expressão, durante os regimes militares, lutaram jornalistas, estudantes, livre-pensadores, ativistas sociais.
Mas, os tempos mudaram. Também as motivações.

Temos agora uma juventude que deseja liberdade para ir ao baile funk: as meninas sem calcinha e os meninos sem respeito. Para ter relações sem qualquer laço sentimental, gerar filhos indesejados e matá-los sem culpa, seguindo em busca de novas emoções.

Querem liberdade para fumar maconha na praça, beber até cair em coma alcoólico, se tornar famoso no Youtube fazendo todo tipo de bizarrice. Seja gravando clips enquanto dirigem há duzentos quilômetros por hora em via pública , seja ensinando a invadir sistemas de entidades privadas.

Mas, o que se pode esperar de uma geração que tem como heróis, viciados que morreram de overdose, depravados que não demonstraram nenhum respeito pelos próprios pais que dirá por outros?
 
O que se pode esperar de adolescentes que crescem se inspirando em traficantes portando AK’s e submetralhadoras e desperdiçam dinheiro exibindo seus carrões e suas mansões hollywoodianas. Tudo isso enquanto exploram a miséria de crianças e adolescentes sem perspectiva, os arregimentando para seus grupos criminosos, contando ainda com a complacência de um estado que confunde os tempos, atribuindo a bandidos direitos conquistados para proteger humanos honestos que usaram a caneta e a coragem para enfrentar os desmandos de tempos passados.

Mas isso não é regra. Há um movimento que há séculos traz crianças, jovens e adolescente a uma outra dimensão de vida. Que há muito ensina que virgindade, família com um pai (homem) e uma mãe (mulher), trabalho honesto, sinceridade, pureza e amor, não são artigos envelhecidos e fora de moda, antes, são padrões que devem ser perseguidos e defendidos.

Este movimento é a igreja.

Digam o que quiserem. Que a igreja fechou os olhos ante a violência da ditadura, que apoiou as idéias de Hitler, que promoveu o extermínio dos índios e ordenou massacres aos hereges. Não é de todo mentira. Há um passado negro na história desta instituição. Mas, de que igreja estou falando?

Eu me refiro a uma igreja que já estava na favela quando o governo, pressionado pela possibilidade de sediar uma copa do mundo e olimpíada, enfiou a polícia no morro para expulsar o tráfico e limpar a imagem no exterior. A diferença é que a igreja desde seu início se preocupa com as pessoas que estão lá dentro, e não em maquiar o morro para que ele pareça mais bonitinho para os observadores nos países de primeiro mundo.
Eu me refiro a uma igreja que não está nos telejornais, não é inspiração para novelas, não é convidada para opinar em assuntos importantes de relevância nacional, mas, que, sem alardes marquetistas, ajuda a transformar essa nação (e todas as outras em que está presente) em um lugar menos violento e desigual. Não acredita? Discorda? Vá às ruas onde ninguém quer morar, nos guetos de violência, nos prostíbulos e esquinas onde se pode comprar de DVD’s piratas a sexo. Passe nestes lugares em horários que, normalmente, ninguém mais passa. Sabe quem você encontra? Grupos de irmãos cantando, pregando, distribuindo literatura, pão, um cafezinho, uma palavra.

Aqueles que criticam nossa fé e acusam a igreja de idiotização dos homens, deveriam observar a história de homens como John Wesley, Guilherme Carey, D. L. Moody, Geroge Muller, entre tantos outros, que iniciaram grandes trabalhos de educação de pessoas totalmente excluídas em seu tempo, que tiraram crianças das ruas em um tempo em que elas eram lançadas à própria sorte assim que ficavam órfãs, que fundaram instituições de educação em um país altamente subdesenvolvido como a Índia, mesmo tendo que lutar contra disposições da Inglaterra.

Quando a igreja defende um padrão moral, o faz por saber até que ponto o homem é capaz de se depravar, e abraçar as mais infames práticas.

Ensinar um padrão de vida com moralidade, respeito, temor ao Senhor em santidade, decência e amor sincero, não é retrógrado. Em um tempo de pessoas sem perspectiva, de crianças, jovens e adolescentes improdutivos e explorados em suas necessidades e fraquezas, de perda total de referências, a igreja tem o dever de não se enclausurar. Não é tempo de estarmos nos monastérios. Precisamos subir aos telhados e anunciar a verdade.

Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

5 comentários:

  1. Olá.
    Obrigada por seguiir o meu blog.
    Jah estou seguindo o seeu tbm.

    beijoos ;*

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  2. Davi,obrigado pela visita ao meu blog,quero parabenizar-lhe pelo seu blog,confesso que me identifiquei muito com as postagens,é bom saber que ainda existem muitos que não dobraram seus joelhos a Baal nos nossos dias.Deus continue o abençoando e até mais!

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  3. Suzi, seja muito bem vinda. Espero contar com sua opinião para juntos crescermos no entendimento.

    Um grande abraço.

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  4. Francisco, é um prazer lhe receber aqui entre meus amigos. Conto com sua opinião e espero poder contribuir para sua edificação.

    Um grande abraço a você e sua família.

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  5. Glórias a Deus!
    Que o Senhor te abençoe sempre.

    Um abraço.

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