quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Há Algum Sentido para a História? (Parte II)

Uma abordagem sobre as mensagens de João em Apocalipse.

Na parte I desse estudo argumentamos que a História possui sentido, pois a História começa em Deus, ou seja, ela foi criada por Deus; Deus é o seu Autor absoluto, e somente Cristo foi achado digno de dar sentido à história da humanidade.

Agora iniciaremos a segunda parte desse estudo tentando responder à seguinte pergunta: Há algum sentido para a História? Respondemos que SIM, pois ...

A História está sob o controle de Deus

No capítulo 6 João narra a abertura dos selos por Jesus, e o quadro que João pinta é de perseguição, tribulação e muito sofrimento. A igreja será perseguida, vilipendiada, surrada, mas Deus continua no centro do universo reinando e os seus planos não serão frustrados.

João fala de quatro cavalos e seus cavaleiros. Quem são esses cavalos e seus cavaleiros?  
(1) O cavalo branco – segundo Hernandes Dias Lopes, citando William Hendriksen e Martyn Lloyd-Jones, o cavalo branco e seu cavaleiro representam Cristo. Sempre que Cristo aparece, Satanás de agita e assim as provas para os filhos de Deus são iminentes.




(2) O cavalo vermelho – segundo Hernandes Dias Lopes, “esse cavaleiro do cavalo vermelho representa a perseguição do povo de Deus ao longo dos séculos. William Hendriksen diz que o cavalo vermelho se refere à perseguição religiosa contra os filhos de Deus mais que à guerra entre nações.” O futuro será um período de guerras e rumores de guerras, de conflitos e perseguição até à morte. Perseguição pelos judeus, pelos romanos, pela inquisição, perseguição na pré-reforma, perseguição na pós-reforma. Perseguição no nazismo, no fascismo e comunismo. Perseguições atuais.

(3) O cavalo preto – segundo Hernandes Dias Lopes “esse cavalo preto representa fome, pobreza, opressão e exploração. Há trigo, mas o preço está muito alto. Um homem precisará trabalhar um dia inteiro para comprar um litro de trigo. Normalmente ele compraria 12 litros pelo mesmo preço. Esse cavalo fala do empobrecimento da população. Só pode alimentar a família com cevada, o cereal dado aos animais. A pobreza não atinge a todos. O azeite e o vinho, produtos que descrevem vida regalada, não são danificados. Enquanto uns morrem de fome, outros morrem de abastança. Essa pobreza virá também pelo fato dos crentes não fazerem concessões, não aceitarem a marca da besta e não poderem comprar nem vender. No capítulo 13.17 diz que o falso profeta exigirá a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a colocarem um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar ou vender se não tivesse o sinal, ou seja, o nome da besta ou o número do seu nome; os fiéis preferirão a morte à apostasia.

(4) O cavalo amarelo - a morte usa quatro instrumentos para sacrificar suas vitimas: a espada: uma espada cumprida usada na guerra. Aqui trata-se de morte provocada pela guerra. A fome: a fome é subproduto da guerra, cidades sitiadas, falta de transporte com alimentos. Pestilência: as pragas, as pestilências crescem com a pobreza, a fome, as guerras. As bestas feras da terra: despedaçam e devoram tudo o que encontram. A população mundial atualmente é de 6 bilhões de pessoas, se esse fato estivesse acontecendo hoje, aproximadamente 1,5 bilhões de pessoas morreriam ou pela guerra, ou pela fome, ou por epidemias ou pelos animais silvestres.

João ainda vê um personagem macabro e perverso que terá domínio, poder e autoridade sobre todo o mundo; em Apocalipse João o chama de “a primeira Besta”, mas a Bíblia também o apresenta como o anticristo.

O profeta Daniel, 600 anos antes de Cristo, pintou o quadro do anticristo dizendo que ele proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. O apóstolo Paulo descreve o anticristo como aquele que se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se assentar no santuário de Deus, apresentando-se como Deus; a vinda desse ímpio se dá por meio da força de Satanás com todo poder, sinais e falsos milagres [...]. O apóstolo João escreve que foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e autoridade para agir 42 meses; Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse.

Muitos cristãos selarão sua fé com o próprio sangue; haverá muitos mártires. O profeta Daniel diz que os “santos lhe serão entregues por um tempo, dois tempos e metade um tempo”; já João informa que ele terá autoridade para agir por “42 meses”, ou seja, segundo os melhores comentaristas bíblicos, tanto Daniel como João estão falando do mesmo período histórico: os três anos e meio finais da Septuagésima semana profetizada por Daniel (Dn. 9). João relata a abertura do quinto selo e diz que viu debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? [...] e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iram ser mortos como igualmente eles foram. João contempla uma multidão que não se podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas em pé diante do trono e do Cordeiro e com palmas nas mãos clamavam em alta voz: “Ao nosso Deus que está assentado no trono e ao Cordeiro, pertence a salvação. Então um dos 24 anciãos pergunta a João: “Quem são estes e da onde vieram?”, então João responde: “Senhor tu o sabes.” Então o ancião diz “[...] são estes os que vem da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário. Essas pessoas que vieram da Grande Tribulação “lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro”, essa linguagem utilizada por João significa que essas pessoas creram em Jesus Cristo, ou seja, essas pessoas fazem parte da Igreja triunfante, da Igreja invisível. Todos aqueles que não se conformarem à política do anticristo perderá a sua vida. O mundo estará vivendo em um caos, guerras, fome, exploração, mortandades, um verdadeiro colapso, a Igreja cristã sofrerá perseguição e martírios.

Mesmo assim a Bíblia afirma categoricamente que Deus está no controle da História; Ele está assentado no trono do Universo e nenhum minúsculo átomo ou partícula se move sem a sua permissão ou vontade; no mundo de Deus não existe sorte, nem azar, não existe acaso, não existem imprevistos, a História não está à deriva, Ele dá a direção à História de acordo com a sua maravilhosa vontade.

A Bíblia diz que, no tempo determinado, Deus tirará o domínio do anticristo e “o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão”. Paulo escreve dizendo que “Jesus matará o iníquo com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda”. João vê o céu aberto e um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro, os seus olhos são chama de fogo, na sua cabeça há muitos diademas, está vestido de um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama Verbo de Deus, tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores e seguiam-no os exércitos que estão no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro; então a besta e os reis da terra se congregaram para pelejarem contra Cristo e o seu exército, então a besta é aprisionada e junto com ela o falso profeta e juntos lançados vivos no lago de fogo e os demais mortos e Satanás aprisionado por mil anos.

Nós cristão não precisamos ficar ansiosos e temerosos com relação ao futuro da História, pois a Bíblia nos ensina que Deus está no controle absoluto da História; Faço minhas as palavras de Jesus: 
“Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais”. (Mt. 11.29-31).
Por Daniel Novaes

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